segunda-feira, 2 de abril de 2012

Segunda-feira, 02 de abril de 2012
DETERMINAÇÃO – A programação incluiu palestras e ações de conscientização da síndrome, além de apresentações de dança e esportes
Pais e filhos comparecem no evento de conscientização do Dia Mundial do Autismo
Por Secretaria de Governo / Departamento de Comunicação Social
comunicacao@itanhaem.sp.gov.br
 
O evento levou cerca de 300 pessoas, entre crianças e adultos, à Praça Narciso de Andrade, no Centro Históricoo 
O Dia Mundial de Conscientização do Autismo, lembrado neste domingo (1º), levou cerca de 300 pessoas, entre crianças e adultos, à Praça Narciso de Andrade, no Centro Histórico. A programação incluiu palestras e ações de conscientização da síndrome, além de apresentações de dança e esportes.
As palestras direcionadas a pais, familiares e interessados no assunto, foram ministradas pelaneuropediatra e diretora clínica da Casa da Esperança de Santos, Drª Maria Leal dos Santos; e a fonoaudióloga, Tatiana de Ângelo. “Eventos como esse fazem uma maior conscientização da população e dos órgãos públicos em termo de inclusão desses jovens no campo profissional e aceitação das famílias”, conta Drª Maria Leal dos Santos.
À tarde, o público assistiu a uma demonstração das modalidades de judô e karatê, além de uma apresentação de balé do projeto da Prefeitura de Itanhaém ‘Dança sem Fronteira’, coordenado por Lenisa Rocha, e dos alunos do projeto Lugar ao Sol. E ainda, uma cama elástica fez a alegria da criançada que se divertiu com as inúmeras brincadeiras.
Durante a palestra, a fonoaudióloga Tatiana de Ângelo esclareceu dúvidas e falou sobre a importância da inclusão. “Itanhaém investe em profissionais para trabalhar em conjunto com as crianças que necessitam deste apoio”.
O evento foi uma realização da Associação Casa da Esperança Autismo, com o apoio da Prefeitura de Itanhaém. 
PROFISSÃO MÃE – Cristina Aparecida Pires e Andresa Jardim Oliveira, ambas de 34 anos, lutam pelo mesmo ideal, esclarecer dúvidas de pais e amigos por meio de palestras e atividades no evento que lembra o Dia Mundial de Conscientização do Autismo.
Há alguns anos, os filhos de Cristina e Andresa foram diagnosticados com a mesma síndrome, o autismo. Juntas, elas trabalham para vencer preconceitos e tirar dúvidas sobre o autismo e como enfrentar os principais desafios encontrados ao longo do caminho.
Cristina é mãe de Gabriel Pires Franco Valle, de 6 anos, e Nicolas Pires Franco do Valle, de 2 anos; e ambos possuem a síndrome. O diagnóstico de Bryan de Oliveira, de 3 anos, filho de Andresa, veio quando ele completou um ano. As mães são também organizadoras do evento em Itanhaém, acompanhadas de Robson Evangelista e Roberta C. Evangelista.
“Após passar por algumas consultas médicas, tivemos a desconfiança porque aos sete meses ele não andava, só ficava deitado. A médica me disse: ‘Mãe, seu filho é autista’. Hoje vivo em função do Bryan, sou funcionária dele. Descobri que a partir dali minha vida ia mudar e mudou mesmo, batalho todos os dias por ele”, conta Andresa.
A mãe de dois filhos com autismo teve que aceitar a síndrome e se adaptar à rotina das crianças. Somente quando Gabriel tinha 4 anos, Cristina confirmou o diagnóstico de que filho era autista, porém, a desconfiança veio mais cedo, quando uma professora relatou à Cristina que o filho repetia com frequência movimentos circulares.
Assim que recebeu a confirmação dos médicos, a família procurou buscar mais informações a respeito para conseguir lidar com o novo desafio que até então era desconhecido. Por meio de pesquisas, descobriu que o autismo pode ser desenvolvido de diferentes maneiras de acordo com o grau da síndrome. As dificuldades afetam a capacidade de comunicação e socialização da criança.
Quando descobriu a condição de Gabriel, Cristina estava grávida de seu segundo filho. “Não passou pela minha cabeça que meu segundo filho adquirisse a mesma síndrome de Gabriel”, conta.
No Hospital Guilherme Álvaro, Cristina não imaginava ouvir a mesma notícia que havia recebido há alguns anos. “Com Nicolas no colo, esperando para que Gabriel fosse atendido, a médica percebeu os mesmo sintomas no bebê e disse: ‘Seu filho também é autista’. Foi um momento difícil. Ainda mais depois que a médica que disse que se eu fosse ter outro filho, as chances de nascer com autismo seriam altas”.
Para ajudar na alfabetização dos filhos, Cristina está cursando a faculdade de pedagogia. “Quero poder ajudá-los, por isso comecei a estudar para atender melhor meus filhos no que for preciso”.
Cristina e Andresa se conheceram nos corredores do Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, e descobriram que moravam na mesma cidade e bairro. Não demorou e as duas se tornaram amigas e se uniram para lutar pela mesma causa. “Somos parceiras e todo tipo de pesquisa que fazemos compartilhamos. Juntas, somos mais fortes”, afirma Cristina.
Os meninos são alunos das escolas municipais Maria Graciette Dias e Maria Cristina Macedo Gomes, e uma vez por semana participam das aulas de natação no projeto Lugar ao Sol, sob os cuidados dos professores Camila Zanotto e Rui Junior. “Dentro da água e no término da aula eles estão mais tranquilos e relaxados”, diz Camila.
“Você tem que ter parceria e confiar na escola. Hoje ele faz parte da unidade onde estuda e todos o conhecem. No projeto, ele faz natação e quando está na água fica calmo”, comenta Andresa.

Fonte: http://www.itanhaem.sp.gov.br/noticias/2012/
abril/pais_filhos_comparecem_envento_conscientizacao_dia_mundial_autismo.html

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