terça-feira, 19 de julho de 2011

Governo Canadense separa menina Autista do Pai

Governo Canadense separa menina Autista do Pai
 
A menina canadense Ayn Van Dyk, 9 anos, que saiu perambulando em 16 de junho e foi encontrada sã e salva, foi levada de sua casa pelo Ministério da Criança e do Desenvolvimento da Família e ainda está nas mãos das autoridades de seu país. Essa tragédia começou em Abbotsford, Columbia Britânica, quando o Ministério foi chamado depois que a garota foi encontrada brincando na piscina de um vizinho.

Seu pai, Derek Hoare, que cria os três filhos sozinho, declarou recentemente, em uma entrevista para Care2.com:

"Depois de 18 dias sem contato com o ministério a respeito do estado de Ayn ou seu paradeiro, recebi um telefonema de um funcionário na segunda-feira, 4 de julho, que me informou que Ayn tinha chorado o tempo todo e mandando que eu levasse uma imagem minha para ajudar a acalmá-la. Concordei e fui ao escritório do ministério, onde falei com o funcionário, para expressar minhas preocupações com o bem estar de Ayn, se está sendo medicada, poder vê-la e receber relatórios escritos tão frequentemente quanto possível. Fui informado que Ayn estava fora do hospital, em um lar adotivo. Nossa reunião seguinte foi na quarta-feira, 6 de julho, onde fui informado que Ayn retornou ao hospital para uma avaliação psiquiátrica por seis semanas mas que, como há uma lista de espera, poderia levar de 2 a 8 semanas para ela ser avaliada. Ela foi drogada contra a minha vontade explícita, fundamentada e repetida, com Risperdal, uma droga com muitos efeitos colaterais conhecidos, alguns dos quais, fatais."
Derek é o pai solteiro de Ayn e seus dois irmãos mais velhos. Ele se dedica totalmente a ela, engajando-se em todos os aspectos da paternidade de uma criança com autismo. Seu calvário foi provocado por uma desatenção momentânea em que ela sumiu do quintal, fechado com muro de seis metros de altura. Esse é o pior pesadelo para qualquer pai.

Por extensão lógica, cada vez que um incidente desses terminar com a morte da criança, os pais devem ser acusado de homicídio por negligência. E cada vez que termina bem, a criança deve ser removido da casa. O fato de essa pobre menina não poder ver o pai dela e estar sendo drogada com anti-psicóticos é ultrajante e uma abominação.


Se você quer somar sua voz à campanha para devolver Ayn à sua família, pode aderir a um abaixo-assinado online postado aqui (http://www.thepetitionsite.com/1/bring-ayn-van-dyk-home/).
 
Fonte: http://maxemathe.blogspot.com/2011/07/governo-canadense-separa-menina-autista.html

segunda-feira, 18 de julho de 2011

São Paulo terá de fornecer transporte especializado para pessoas com autismo

São Paulo - O estado de São Paulo vai ser obrigado a fornecer transporte especializado para pessoas com autismo no trajeto entre a residência e o local onde recebem tratamento. A decisão liminar foi obtida esta semana pela Defensoria Pública de São Paulo.
 
- A pessoa com autismo tem dificuldade de ficar aglomerada ou com muitas pessoas. Elas também podem ter comportamentos que, muitas vezes, não são compreendidos pelas pessoas. E esses comportamentos podem ser aflorados em situação de grande aglomeração, como no metrô e no ônibus - disse a defensora pública Renata Tibyriçá.

A defensora disse, em entrevista à Agência Brasil, que decidiu entrar com uma ação civil pública na Justiça após mães de filhos com autismo relatarem a deficiência na prestação de serviço oferecido principalmente por uma das várias entidades conveniadas ao estado de São Paulo instalada na zona leste da capital paulista.
A entidade, segundo Renata Tibyriçá, atendia 42 pessoas com autismo e apresentava várias deficiências, entre elas, o fato de não separar os pacientes por faixa etária.
- O tratamento para uma pessoa com autismo deve ser individualizado ou em grupos que tenham a mesma necessidade - disse.
Em sua decisão, o juiz Henrique Rodriguero Clavisio, da 10ª Vara da Fazenda Pública, declarou ser obrigação do Estado a elaboração de políticas públicas que atendam às necessidades específicas das pessoas com deficiência.
- Deve o Estado, além de garantir o acesso à saúde e à educação, também o oferecimento de transporte especial para pessoas portadoras de necessidades especiais - disse o juiz.
Para a defensora, a decisão liminar da Justiça é um passo importante para que o Estado possa começar a pensar em adotar políticas públicas voltadas para os autistas.
- Com essa decisão, podemos esperar dias melhores para as pessoas com autismo. Podemos esperar que se comece a olhar e a se pensar na importância de garantir um atendimento adequado a essas pessoas - declarou. Segundo ela, há cerca de 2 milhões de autistas no Brasil, sendo 100 mil só na cidade de São Paulo.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Os nossos filhos tem o direito a uma vida saudável e produtiva.


Edição de 28/06/2011 Amazonas Jornal


Atenção Multidisciplinar, Orientação e Respeito para o Autismo: a Organização Não-Governamental (ONG) Amora, lançada na tarde de ontem na sede social da Assembleia Paraense, traz no nome os seus principais propósitos. O grupo de dez pais de crianças e adolescentes que têm o distúrbio decidiu unir forças e buscar parceiros a fim de estimular a capacitação de diversos profissionais que lidam com pessoas que tenham a disfunção. Na Região Metropolitana de Belém (RMB), a nova ONG estima que mais de 10 mil pessoas tenham autismo, que afeta a comunicação, a integração social e imaginação do indivíduo. Cerca de 80 famílias são tratadas com uma equipe multiprofissional na fundação Casa da Esperança, em Ananindeua. Mas há pelo menos 200 autistas na fila de espera.


O autismo é um déficit cognitivo que está associado a mais de 6 mil síndromes. O rótulo representa uma série de condições referentes ao atraso no desenvolvimento infantil, dentro de áreas específicas do comportamento humano, a exemplo da comunicação. Cerca de 80% das pessoas que têm autismo não falam. Atividades simples, como cuidar da higiene pessoal, ler ou escrever podem demorar a ser assimiladas pelos autistas, a depender do nível de gravidade do distúrbio, que varia.
O evento de inauguração teve a apresentação da jornalista da TV Globo de Brasília (DF), Cristina Serra, que veio a Belém especialmente para a ocasião, sorteios de prêmios, brindes com motivos da ONG e ainda três desfiles de moda. De acordo com o presidente da Amora, Sérgio Serra, pai de Gustavo, de 9 anos, promover o apoio financeiro para o tratamento do distúrbio, multiplicar informação sobre o autismo e ainda difundir a inclusão da pessoa com o autismo será o foco do grupo, que já começou a fazer o cadastro de doadores e colaboradores. "A ideia surgiu no último dia 2 de abril, quando se comemora mundialmente a Conscientização do Autismo. Os pais trocaram experiências e concluíram que há muitas dúvidas a respeito de como educar os filhos que têm o autismo. Como observamos em encontros e também em fóruns da internet, a falta de informações e de profissionais especializados é um problema que vamos tentar diminuir", explicou.

A madrinha da ONG, a jornalista Cristina Serra, falou sobre a importância de participar da iniciativa social, que pretende jogar uma luz em volta do autismo, desconhecido para a maior parte da população paraense.

"O lançamento da Amora representa mais uma forma de combater o preconceito existente contra a pessoa com autismo e divulgar informações sobre o tema. Há muitas famílias que não sabem como identificar o problema, pois não têm acesso a este conhecimento. Com uma discussão mais ampla, é possível facilitar o diagnóstico e assim ter respostas melhores ao tratamento", disse. O coordenador administrativo da Casa da Esperança, Carlos Quaresma, explica que há uma demanda muito grande pelo tratamento de autismo.

Mais informações nos telefones 3242-4192, 8113-9712 e 8113-0303 e no e-mail para contato@ongamora.org.