sábado, 26 de março de 2011

“Os dedos das mãos não são iguais aos dos pés.”

Muito provavelmente, já ouvimos a seguinte afirmação: “Os dedos das mãos não são iguais aos dos pés.” É, realmente eles não são iguais mas mesmo assim fazem parte do mesmo corpo.

       De posse desta afirmação, faço analogia as pessoas que também diferem umas das outras e mesmo assim, com estas diferenças, TODAS são possuidoras dos mesmo direitos e deveres.

       Então, aproveito para provocar uma reflexão com a seguinte pergunta:

       Se TODOS (TODOS está propositalmente colocado com letras maiúsculas para dar a real dimensão da amplitude desta palavra, como explica a autora Cláudia Werneck) possuímos conhecimentos suficientes para sabermos que somos TODOS diferentes e que mesmo com estas diferenças (que por sinal é muito saudável), TODOS são possuidores dos mesmos direitos e também dos mesmos deveres, porque então não tratamos os deficientes igualmente?

      Utilizo esta pergunta para aproveitar dos sábios ensinamentos do grande jurista Ruy Barbosa quando este explicou que nós devemos tratar desigualmente os desiguais a medida que estes se desigualam.

       Oba! Olha aí o equilíbrio da justiça! E olha que a nossa legislação para pessoas com deficiência é considerada uma das melhores do mundo! Se é assim, porque então não funciona?

       Penso eu que é por preconceito, por achar que nunca vai acontecer com a gente ou com alguém próximo. Uma pena! Pessoas que pensam assim são dignas de pena e não os deficientes que são. É triste ver que pessoas não conseguem entender a diversidade e que TODOS fazem parte da mesma condição humana.

       E aí, termino este artigo com o início deste, para que entendamos que TODOS precisam de TODOS e que a vida é cíclica, como brincadeira de roda, onde TODOS devem dar as mãos.

       Muito provavelmente, já ouvimos a seguinte afirmação: “Os dedos das mãos não são iguais aos dos pés.” É, realmente eles não são iguais mas mesmo assim fazem parte do mesmo corpo.



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